Quando alguém entra em psicoterapia, descobre que pode ser ouvido por uma figura que não faz julgamentos. Isso por si só pode ser muito curativo e aliviar algumas das pressões que o cliente pode estar enfrentando em sua vida diária. Muitas pessoas crescem em famílias em que suas necessidades básicas de validação emocional não são satisfeitas e aprendem que não devem incomodar ninguém com seus problemas. A longo prazo, isso pode levar a um aumento de estresse e ansiedade que pode ter um impacto negativo significativo na capacidade de funcionamento de uma pessoa.
Conversar com um terapeuta permite que o cliente exponha seus problemas e observe como eles se desenvolveram, como estão sendo mantidos e como podem ser superados. Com a ajuda de um terapeuta, eles podem decidir sobre as etapas necessárias para superar esses problemas e viver uma vida mais feliz. É importante perceber que a terapia não promete milagres e não garante que o cliente nunca mais tenha dificuldades psicológicas. No entanto, muitas pessoas acham que seus problemas parecem muito mais administráveis depois de conversar sobre eles com um terapeuta.
Muitas vezes, as pessoas ficam “presas” ou enfrentam dificuldades psicológicas, sociais ou emocionais contínuas porque se envolvem repetidamente nos mesmos padrões não adaptativos. Por exemplo, eles podem ter a tendência de fazer amizades íntimas, apenas para sabotá-las, talvez por meio de estilos de comunicação problemáticos. Com o tempo, isso pode levar à solidão e à frustração, o que pode resultar em sentimentos de depressão. Alguém com esse problema pode procurar um terapeuta porque tem poucos relacionamentos íntimos e acha a vida insatisfatória. Nesse caso, um terapeuta habilidoso pode ajudar averiguando as maneiras pelas quais seu cliente está arruinando suas próprias chances de felicidade.
Dependendo do estilo de psicoterapia oferecido, um cliente pode aprender habilidades úteis para a vida que fortalecerão seus relacionamentos. Para continuar com o exemplo acima, alguém que relata ter problemas para construir e cultivar amizades íntimas pode ser desafiado a se comportar de novas maneiras quando está com outras pessoas. Eles podem receber a tarefa de ouvir outra pessoa falar sem interrompê-los por cinco minutos, ou se forem muito tímidos, solicitados a iniciar pelo menos duas conversas com estranhos antes da próxima sessão de terapia.
Se um casal ou família estiver fazendo terapia como uma unidade, eles podem receber treinamento em resolução de conflitos. Por exemplo, um terapeuta pode apontar as maneiras pelas quais os membros de uma unidade se relacionam entre si, o que mantém o conflito ou a tensão em movimento. Eles podem, então, fornecer sugestões sobre como todos os presentes podem abordar o conflito e as conversas difíceis de uma nova maneira que permite que todos sejam ouvidos e se sintam respeitados.
Os clientes também podem aprender novas habilidades de pensamento durante a psicoterapia. Todos os estilos e escolas de psicoterapia acreditam que o conteúdo de nossos pensamentos é um fator importante em como nos sentimos contentes e com que prontidão podemos lidar com as demandas e decepções da vida cotidiana. No entanto, alguns tipos de terapia dão ênfase especial à mudança do estilo de pensamento de uma pessoa. Por exemplo, alguns terapeutas acreditam que não é apenas o que aconteceu na vida de uma pessoa que a deixa sujeita à ansiedade ou depressão – é como eles continuam a pensar sobre esses eventos e como veem o mundo ao seu redor. Se uma pessoa carrega pensamentos como “Todo mundo me decepciona eventualmente”, “O mundo é basicamente um lugar ruim” e “Eu não sou bom”, ela inevitavelmente perderá a capacidade de perceber a realidade de uma forma saudável e equilibrada.
Os terapeutas muitas vezes tentam descobrir o mapa mental que seu cliente possui sobre o mundo. Depois de descobrir quais pensamentos negativos seu cliente tende a ter ao longo de um dia normal, eles podem começar a desafiá-lo e convidá-lo a reformular sua visão de vida. Por exemplo, eles podem perguntar a um cliente que acredita que eles estão destinados ao fracasso em qualquer novo empreendimento, se eles têm evidências objetivas de que essa crença é verdadeira. Eles então serão solicitados a apresentar crenças mais saudáveis e baseadas na realidade que, no final das contas, resultarão em uma visão mais feliz e equilibrada. Em vez de pensar “Não sou bom em nada”, um cliente que se envolveu com sucesso na psicoterapia e abordou sua tendência para o pensamento negativo pode optar por adotar a crença “Tenho uma mistura de pontos fortes e fracos”.
Embora os psicoterapeutas às vezes sejam descritos na mídia como “hippies” ou pessoas que incentivam os outros a pensar de uma maneira excessivamente positiva, um objetivo central da terapia é ajudar o cliente a enfrentar a realidade e formar mecanismos de enfrentamento que os ajudem a navegar pela vida de tal maneira uma forma que minimiza a angústia, ao mesmo tempo que reconhece que algum sofrimento é uma parte inevitável da vida. O psiquiatra e autor americano M. Scott Peck foi citado descrevendo a saúde mental como “um compromisso com a realidade a qualquer custo”. Esse sentimento se encaixaria na atitude da maioria dos psicoterapeutas que praticam hoje.
Terapia ou Psicoterapia refere-se ao tratamento de problemas psicológicos, emocionais e comportamentais. Através de técnicas verbais e não verbais, o psicanalista ajuda o paciente a refletir sobre suas questões e a encontrar formas diferentes e criativas de aliviar o seu incômodo e melhorar seu relacionamento consigo mesmo e com os outros. Geralmente, o foco da Psicoterapia é em mudar pensamentos, emoções e comportamentos ineficientes.
Ainda hoje há pessoas que têm preconceito em relação a ir ao psicanalista, acreditando que é “só para loucos”. Por outro lado, isso tem mudado: cada vez mais, a população procura ajuda devido a questões do cotidiano, crises pessoais, problemas afetivos, familiares, profissionais, etc.
Algumas pessoas acreditam que procurar um psicanalista significa que elas não sabem resolver seus próprios problemas ou que elas são fracas. Não existem pessoas fortes ou fracas, cada indivíduo é único e lida com os problemas da sua maneira.
Também há as que acreditam que Psicoterapia é desperdício de dinheiro e tempo e querem que tudo se resolva em um passe de mágica. É preciso entender que o tratamento psicológico é um processo gradativo, porém, bastante recompensador. Estudos publicados na U.S. National Library of Medicine, a maior biblioteca do mundo em assuntos relacionados à Medicina, comprovam que não só os medicamentos conseguem alterar o cérebro e propiciar uma melhora nos sintomas, mas também a Psicoterapia. Mais ainda, o consultório do psicanalista é um local em que o paciente pode se abrir, desabafar e ser ele mesmo.
O mais importante é que o paciente esteja disposto a fazer Psicoterapia e que isto não seja algo imposto por alguém, já que o seu sucesso depende muito da sua vontade e do seu comprometimento com o processo. Além de, é claro, contratar um profissional sério e responsável e que o faça se sentir acolhido e compreendido.
As informações trocadas com o profissional são sigilosas, devendo obedecer aos parâmetros estabelecidos pelo Código de Ética Profissional do psicanalista.
Qual a diferença entre Terapia e Psicoterapia?
As duas palavras podem ser usadas para se referir à ajuda psicológica, mas a palavra “terapia” também poder ser usada para outras áreas como a Acupuntura, Homeopatia, Fisioterapia, etc, já que “terapia” se refere ao ato de cuidar, tratar.
Os benefícios da psicoterapia incluem o autoconhecimento, o reconhecimento do impacto social das próprias ações, a ressignificação de eventos passados e a assimilação de experiências, entre outros, seja em tratamentos individuais ou em grupos.
Embora todo psicólogo graduado esteja habilitado a trabalhar com as questões emocionais de um paciente, nem todos eles se dedicam a essa área, como você pôde ver acima.
Assim, quando se busca a orientação de um profissional para lidar com o sofrimento causado por um problema do cotidiano (fim de um relacionamento, perda do emprego, luto etc.) ou pelas limitações de um transtorno mental grave, deve-se procurar um psicólogo que também seja psicoterapeuta.
Independentemente da abordagem do psicoterapeuta, sua atuação se dá por meio da escuta ativa e do diálogo com o paciente para que, gradualmente, este tome consciência de seu modo de pensar, agir e sentir, desenvolvendo assim novas formas de lidar com suas dificuldades.
Qual a diferença entre Psicólogo e Psicanalista?
O Psicólogo, possui formação em Psicologia e possui também uma pós-graduação, especialização, mestrado ou doutorado, na área ou áreas em que ele pretenderá atuar, como por exemplo: Psicologia Cognitiva Comportamental, Fenomenológica, Psicanalítica, Escolar, Hospitalar, Social entre outras. O Psicólogo poderá também ter uma formação por um Instituto de Psicanálise e obter o título de Psicanalista.
Além do psicólogo, profissionais de outras áreas também podem se candidatar a formação em Psicanálise, como médicos, filósofos, sociólogos, enfermeiros e demais profissões. Percebe-se também uma variedade de nomenclaturas dentro do campo psicanalítico, como Psicanálise Clássica, Lacaniana, Junguiana, Reichiniana e outras. Em casos específicos, como por exemplo, dificuldade escolar, pode-se procurar o profissional que atua na área da Psicologia Escolar. Mas, se a questão da escolha for: o que devo fazer, uma psicoterapia ou uma análise? Essa questão também necessitaria de uma avaliação junto ao profissional, psicólogo ou psicanalista. Pois, ocorre que muitas pessoas se identificam mais com a Psicoterapia enquanto outros com a Psicanálise.
Então, para se chegar ao ponto, teríamos que a Psicoterapia é um processo que se diferencia da Psicanálise, principalmente pelos aspectos de que para o trabalho analítico, o inconsciente é o objeto de atenção do psicanalista. Além disso, o psicanalista considera durante a relação com o paciente as condições de: transferência, resistência e interpretação. Ao psicanalista também caberá a decisão de que o processo analítico irá ou não beneficiar aquela pessoa, se ela terá condições de investir, se ela suportará os limites do método do processo e se a capacidade de sublimação corresponderá ao que lhe será exigido pela natureza do processo analítico.
Já na linha da psicoterapia o enfoque poderá estar no comportamento humano ou ainda na consciência humana ou na personalidade ou mesmo em aspectos do inconsciente.
De modo geral, poder-se-ia dizer que para a indicação de psicoterapia deve-se levar em conta as condições de procura da pessoa frente as suas dificuldades, como por exemplo: separação recente, fracasso sentimental, luto, vexames profissionais, etc. E a psicoterapia permitiria ajudar essa pessoa a atravessar o período difícil como também o orientaria num sentido analítico para uma elaboração e elucidação do conflito. Muitas vezes, inicia-se por um processo psicoterapêutico, para num futuro passar pelo processo analítico.
Qual a diferença entre Psicólogo e Psicoterapeuta?
Aquele que se forma em um curso de Psicologia recebe o diploma de Psicólogo e pode atuar em diversas áreas, não necessariamente ligadas à Terapia, por exemplo, Pesquisa de Marketing ou RH. Já o Psicoterapeuta, trabalha com uma área mais específica da Psicologia, a Psicoterapia.
Qual a diferença entre Psicólogo e psiquiatra?
O Psicólogo é formado em Psicologia e pode ser Psicoterapeuta com esse diploma. O Psiquiatra se forma em Medicina, especializa-se em Psiquiatria e pode ministrar remédios. Nem todo psiquiatra é psicoterapeuta. Geralmente, psicólogos cuidam mais dos aspectos emocionais do paciente enquanto que psiquiatras trabalham o lado orgânico. Psicólogos não podem ministrar remédios. Dependendo do problema, é necessário um trabalho conjunto para um melhor resultado.
A psicanálise surgiu no século XIX a partir de conceitos formados pelo médico neurologista austríaco Sigmund Freud. O trabalho do psicanalista envolve uma análise bem próxima ao que é feito pelo psicólogo. A diferença é que sua técnica inclui um estudo do inconsciente. Por conta disso, o tratamento pode ser mais longo.
O psicanalista vai propor questionamentos a você a partir da análise do seu discurso, investigando atos-falhos e involuntários. O objetivo é encontrar o equilíbrio do paciente com o seu eu-interior e questionamentos internos.
O psicanalista é o profissional que fez o curso livre de Psicanálise. Para isso, não é necessário ter feito um curso de nível superior. Dessa forma, nem todo psicanalista é psicólogo e nem todo psicólogo é psicanalista. Na rotina do consultório, o psicanalista se utiliza do diálogo e da escuta para auxiliar o paciente a lidar com as dificuldades cotidianas ou oriundas de um transtorno mental por meio do reconhecimento e da conciliação das experiências anteriores que impactam o momento atual.
*Abaixo, você pode encontrar respostas para algumas perguntas frequentes. É importante observar que cada profissional tem suas regras e estas podem ser diferentes das que estão escritas aqui.
Como escolher um Psicanalista?
É fundamental escolher um profissional que combine com você. A maioria dos Psicanalista concordam que um fator importante em determinar se ele é ou não um bom profissional para cuidar de um paciente, após suas credenciais e sua competência terem sido estabelecidas, é o nível de conforto pessoal que o paciente sente com ele. Um relacionamento profissional também é imprescindível.
O ambiente psicoterapêutico deve ser um local em que o paciente se sinta seguro, acolhido, respeitado e compreendido.
Em geral, isto tudo pode ser sentido nas primeiras sessões.
Como é a primeira sessão?
No contato por telefone ou mensagem, marca-se um dia e horário para o paciente ir ao consultório. A primeira sessão é o encontro inicial entre o psicanalista e o paciente para se conhecerem, sem compromisso. O paciente relata sobre o motivo pelo qual está lá e o profissional avalia a necessidade e a viabilidade do paciente de fazer ou não o tratamento com ele. A primeira sessão também serve para tirar dúvidas sobre o que é e em que consistirá a psicoterapia (cada profissional tem a sua maneira de trabalhar). Horário, valor e outras informações também são discutidos nesta sessão. Havendo interesse, o tratamento se inicia.
Geralmente, a sessão dura de 50 minutos a 1 hora. Alguns profissionais cobram a primeira sessão, outros não. O paciente não é obrigado a dar continuidade nas sessões, caso não queira.
E da segunda sessão em diante?
As sessões acontecem uma vez por semana e, geralmente, cada sessão dura de 50 minutos a 1 hora. Dependendo do caso, as sessões acontecem duas vezes por semana. Os encontros são feitos no dia e horário combinado. A pontualidade é importante para que o paciente possa aproveitar todo o tempo da sessão, já que o encontro começa e termina no horário marcado. O comprometimento com o tratamento é imprescindível para um bom andamento.
O processo tem um começo, meio e fim e a sua duração depende de cada caso. O paciente tem o direito de parar a qualquer momento, porém antes de desistir, é produtivo refletir sobre o motivo e conversar com o profissional sobre isto. Em muitos casos, o paciente quer desistir exatamente quando “entra realmente em terapia”, ou seja, quando está de fato confrontando seus problemas. O medo e a insegurança surgem, porém, camuflada de desculpas como: “estou sem tempo”, “estou sem dinheiro”, “estou bem”, etc.
Qual o valor das sessões?
Varia de profissional para profissional. É importante destacar que cobrar um valor mais alto ou mais baixo não significa que um psicanalista é melhor ou pior do que outro, cada um tem sua forma de trabalhar.
Se o paciente precisar faltar, é importante ele avisar com antecedência. Em geral, o psicanalista repõe a sessão. Caso o paciente falte sem avisar, a maioria dos profissionais cobra a sessão. Geralmente, três faltas consecutivas sem avisar, é considerado desistência.
Como é a forma de pagamento?
Cada psicanalista trabalha de uma forma, mas as mais comuns são as seguintes: pagar a cada sessão; a cada duas sessões; ou pagar no final do mês após as sessões daquele mês ou no início do mês seguinte. Dinheiro e cheque são as opções de pagamento mais comuns, mas depende de cada profissional.
A maioria dos psicanalistas não aceita planos de saúde. Porém, é possível emitir recibo para o paciente obter reembolso do seu plano de saúde. É importante que o paciente verifique com a empresa do seu plano de saúde qual o valor reembolsado e quais informações ele precisa apresentar para conseguir o reembolso, inclusive se é preciso ser encaminhado ao psicólogo por algum médico. Nem sempre o valor ressarcido é o mesmo que o combinado com o psicanalista.
Em quais casos a Psicoterapia pode ajudar?
Além dos casos clínicos clássicos como ansiedade, depressão, síndrome do pânico etc. Você pode contar com atendimentos psicológicos quando: